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Viagens

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  Viagens são geralmente programadas e mesmo preparadas, pesquisando lugares para visitar, possíveis hotéis, restaurantes e afins, tem situações que saem do controle. Em viagens visitamos lugares, pontos turísticos e pessoas em condições reais, vivendo em suas cidades, considerando suas condições legais ou ilegais, condições essas que socialmente, culturalmente diz muito sobre elas, que nem sempre podemos perceber à primeira vista. Essas singularidades, do encontro com pessoas, em situações ímpares, nos proporciona a diversidade nas viagens que fazemos, as quais acrescentam algo novo em nossas experiências, dando um "toque especial", podendo ser contada por diferentes protagonistas. O que quero dizer, é que se você estiver num grupo de tantas ou tão poucas pessoas, cada qual contará sua versão da viagem, tendo vivenciado as mesmas experiências que você tenha vivido. O toque especial de uma viagem, não está apenas nos belos lugares que você venha conhecer, nas comidas que v

História do Além

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     Era dezembro e eu precisava comprar alguns presentes e enfeites para a festa em família. Chamei minha mãe para me acompanhar, até porque, ela também gostava de passear e comprar alguns produtos para a festa de natal. Sempre que ia para o centro da cidade, na 25 de março costumava descer no metrô São Bento, mas naquele dia, como meu marido ia passar por lá, pedi uma carona e ele nos deixou num local um tanto longe da Ladeira Porto Geral. Fomos caminhando entre ruas estreitas e isoladas, estávamos completamente perdidas até que vimos uma ponte estreita por onde só passavam pedestres e resolvemos encarar esse desafio. Assim que começamos a atravessar a ponte, surgiu um homem que até hoje não sabemos de onde ele saiu, nos alertando que aquele local era perigoso e que ele ia nos acompanhar. Ainda bem que ele foi conosco porque passamos por usuários que esbarravam em nós, sem ao menos perceber que existíamos. Assim que percebemos que a rua que procurávamos estava bem na nossa frente,

Separados Pela Guerra

  No dia 05 de maio de 1936 minha vida mudou. Toda manhã eu me arrumava para ir trabalhar no atendimento aos feridos de guerra, enquanto minha mãe ficava em casa recebendo as fardas para costurar e trocar botões. Eu saia de casa acompanhada de meu pai, ele ia até a frente do alojamento comigo e seguia para o jornal onde trabalhava. Durante o ofício minha atenção era totalmente destinada aos "velhos de guerra", velhos de muitas idades, dos mais jovens aos mais maduros, a todos os necessitados. De todo o trabalho, tinha um tempinho para fazer um lanche, levava na bolsa uma sanduiche que minha mãe fazia e embalado num guardanapo de pano e uma fruta quando tínhamos em casa. Naquela tarde não foi diferente, me sentei para descansar do lado de fora, num local arborizado com alguns bancos. Estendi um lenço para me sentar, abri o lanche e a garrafa térmica com uma bebida quente e uma banana de sobremesa. E, depois voltei ao trabalho até o momento que papai passou para me encontrar.

Parentesco: conexões familiares

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       Parentesco consanguíneo e por afinidades é importante para a construção da identidade positiva e negativamente. Parentesco exerce funções atribuídas de acordo com as dinâmicas familiares. Ou você se espelha na construção do eu ou você se compara anulando sua personalidade ou perde sua sanidade mental.      Cada família tem seus "borogodós" ou você tem admiração à pessoa foda ou tem admiração porque ela é a ovelha negra da família que pensa e age diferente de toda a família, quebrando os ciclos repetitivos e comportamentais.      "Vejo isso como algo muito positivo porque entenderam que podem quebrar padrões familiares existentes e ensinam as novas gerações que é possível viver de outros jeitos". Imagem: acervo pessoal

Eis que bebi, eu não, só elas!

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       Eu, ela e nós saímos para beber. Garçom traz um litrão e três copos, ela não bebe. Vamos nos divertir, rir mais do que o já sorrimos. Vai devagar, essa já é a sexta garrafa de cerveja. Eu tô de boa, dançando, paquerando, rindo, brincando.      Alguém sóbrio para dirigir, água de coco ouvindo chorinho.      "Se bebeu muito, vá dormir", sem dar vexames por favor!!      Ah, Glorinha, chega, você está doidona, foi cerveja, cocaína, ataques de "fofurice" até com os caras que saiu beijando. Mordidas? Vai dirigir? Vai bater o carro.      Vamos embora, te levamos para casa., antes que dê mais B.O.      Ah, não! Vomitar no carro não! Para em qualquer lugar e deixa a moça botar os bofes para fora. Aliviou?  Mini conto baseado em fatos reais Imagem: canva.com

Um Dia Qualquer

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  Naquela manhã ensolarada e fria, peguei a moto e fui dar uma volta por aí. Peguei estrada e algo me dizia que eu deveria seguir para o Guarujá. Em uma das paradas pelo caminho, fiz uma reserva numa airbnb da Praia do Tombo onde eu passava as férias de infância. Chegando lá me instalei e fui dar uma volta de moto pelas praias, mesmo com aquela garoa que prometia deixar o tempo mais frio. No caminho encontrei uma simpática cafeteria, pequena e interessante por seu ar de antigamente. Parei a moto, desci com o capacete na mão e entrei. Várias pessoas sentadas conversando e o cheiro do café quente exalando pelo ar e mesmo que eu não tomasse café, era um convite para beber algo quente e reconfortante. Arrumei uma mesa num local estratégico, de onde eu via todo mundo que estava sentado e quem entrava pela portinha verde musgo da cafeteria. Tirei a jaqueta, acondicionei o capacete em uma das cadeira, me sentei esperando ser atendida. Naquele momento entre esperar um funcionário, olhei em

Caos Total de uma Vida Amorosa

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  Sexta-feira abençoada chegou e com ela um final de semana inteirinho para mim. Mochila arrumada, moto abastecida com destino às cachoeiras, "lá vamos nós". GPS ligado, segui pela estrada a fora com algumas paradas para completar o tanque, abastecer o estômago e fazer uns "pipis". Seguia feliz e saltitante pelas estradas lindas e arborizadas de Minas Gerais, sabendo que eu estava só começando. Parei para almoçar, comprei uns queijinhos e uma garrafa de azeite para acrescentar o que eu carregava na mochila como arroz, lentilha, pão integral, creme de castanha, uma pequena garrafa de vinho tinto seco. À caminho da paz e do sossego, mal sabia o que me esperava. Depois de aproximadamente cinco horas de viagem, já com o corpo dolorido de tanto pilotar, cheguei ao centro da cidade de Aiuruoca, olhei o mapa do celular e ainda me faltavam quarenta e cinco minutos de estrada. Segui à diante por rampas, descidas e subidas, estradas pitorescas de terra, curvas, depressões,