HOJE O DIA FOI REVELADOR

    Eu diria que não só o dia foi revelador, como a semana e os últimos acontecimentos requereram um gasto de energia excessivo. Tudo que gera mudança, nos tira do comodismo, do habitual, fazendo com que elaboramos um "plano infalível" mesmo sabendo que de infalível não tem nada. Colocamos nos pratos da balança os prós e os contras, no sentido de avaliação de riscos e pormenores. E, conforme vamos abstraindo os possíveis passos e os detalhes que não dependem da gente, vamos observando tudo a nossa volta, no sentido de ampliar as perspectivas e até onde temos domínio dos nossos atos. Pelo que sei, só temos domínio dos nossos atos. 

    Procurando respostas em todos os "ventos" e "opiniões alheias", nesta semana ouvi duas vezes a mesma frase "a resposta está em você". E, partindo desta verdade, posso dizer que nem sempre temos coragem de admirar nossas verdades, temos medo de enfrentá-las porque temos medo dos resultados que não dependem de nós.

    Nesse movimento por busca de qual decisão tomar, ouvi a seguinte resposta de uma pessoa que tenho apreço "você tem que pensar o que é melhor para você". Nas duas possibilidades de escolha, há perdas, ganhos e mudanças de percurso. "Levantar do sofá, olhar à sua volta, perceber os incômodos e entender que a única peça desse jogo é a sua escolha, é essa que você tem "posse", é um movimento desafiador porque talvez a força do Universo espere que você se posicione na sua vida, tomando uma decisão para que ele possa fazer a parte que lhe cabe.

    E, a parte que lhe cabe, tenha a certeza que você não domina e não tem o controle porque envolvem pessoas e decisões alheias.

    Mas, a parte de tomar uma decisão não é a mais chocante, o que vem por aí são as percepções das pessoas à sua volta, que de forma ardilosa e tendenciosa, as pessoas deixam no ar o que desejariam falar com todas as "letras", deixando "entrelinhas" e falando mais do que perceberiam.

    Essas intencionalidades ardilosas me inspiraram para escrever o texto a seguir, do Desafio do dia de hoje, dos 365 dias de desafio do Projeto É dia de escrever, "a batalha entre vilões". Quem é mais vilão que palavras ardilosas?


    Talvez você leitor compreenda os personagens pelo tradutor do google, assim como segue a legenda abaixo e boa leitura.

*  ARMISI, SANTE & SAYASI *

     "Eis que chegamos na terra nos tempos antigos onde os bons eram bons, os maus eram maus e os em cima do muro permaneciam sem discutir o indiscutível.

    Num vilarejo moravam três jovens, "Armisi", o destemido, corajoso, que tinha uma incontestável paixão pelo que fazia, o hábito de ensinar o que sabia e uma enorme vontade de aprender o que desconhecia. Seu irmão mais novo, "Sante" era o protetor e cuidador da família, continha uma resiliência admirável, um olhar apagado, pouco sorria e muito calado. Já o irmão do meio, "Sayasi", esse era irresponsável, doutrinador, vivia sorrindo das mazelas dos aldeãos dos vilarejos próximos de suas terras.

    Armisi cuidava dos negócios, suas terras viviam cheia de gente que vinham de longe para aprender a cuidar da terra, a construir suas casas. Ele tinha um negócio promissor e muito evoluído para sua época. As pessoas que procuravam Armisi para aprender, também moravam em suas terras e em troca, preparavam a comida de todos, numa troca de conhecimento e ajuda.

    Sante atendia os necessitados, tinha uma pequena casinha com ervas, plantas medicinais, unguentos e algumas ferramentas onde cuidava do povo que pedia sua ajuda. Era ele que cuidava da aldeia, do plantio da horta, dando assistência à saúde e ensinava o que sabia às mulheres que o procuravam para curar.

    Já Sayasi, seus irmãos queriam distância, esse era pervertido, vestia-se bem todos os dias, não sujava as mãos por terra, trocados, não vendia o que sabia, usava de má fé.

    A vida caminhava como tinha de ser, até o dia que Sr. Sayasi foi jurado de morte. Neste momento, Sante reviveu o que tinha acontecido a anos atrás com seus antepassados mais próximos, armou-se até os dentes, entrou na floresta afim de dar um fim em toda essa sujeira.

    Armisi juntou-se às forças, sabendo de suas habilidades e competências, foi à Paz salvar seu bom irmão e Sayasi, vestiu-se de preto, chapéu da caixa foi para cabeça, caminhando para a cidade como se nada estivesse acontecendo.

    Nessa barbárie, os bons juntaram-se para curar e proteger, mas o mal continuou sendo o vilão; redundante meu Caro".

*Procure traduzir: Armisi em Albanês, Sante em Haitiano e Sayasi em Cazaque. Quem sabe um dia tenhamos mais Sayasis éticos, mais Armisi competentes e mais Sante respeitados.

    Este não é bem um conto de "Vilões Em Guerra" nos moldes tradicionais e esperados, porém são os Vilões em Guerra da atualidade, na perspectiva da escritora. Sayasis colocando a vilanês em destaque nas mãos dos Santes e Armisis. Valores trocados por grandes "trocados".

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