A Busca pela Cura

 Dos dias 3 a 7 de janeiro de 2024 estive numa viagem solo pelo mar e pela terra, em busca de mim mesma. Saí de SP à procura da paz que eu não encontrava mais dentro de mim; com a certeza que eu precisava me encontrar e nada melhor que ver o mar.

Desde o momento que entrei no coletivo, levei 9 horas para chegar onde levaria apenas 3 horas em condições normais para a minha chegada. Enfim, cheguei em solo e em mar.

Fui recepcionada com um papel colado na porta onde havia o meu nome com a chave na porta do lado de fora, na pousada das casas coloridas. Assim que entrei, fui organizando meu espaço, desfazendo o mochilão colocando cada coisa em seu lugar e já instalada, sentei na cadeira da varanda para olhar para a vegetação.

Um pouco mais tarde, ainda com o olhar perdido, sem dar conta do que podia acontecer comigo, cumprimentei a Shirley, a Priscila, a Alice e o Lukas (o gato).

Mas, antes de contar daqui para diante, tenho que voltar algumas horas antes, quando conversei com a Camila sobre curar espiritualmente o feminino; algo que eu me abri totalmente para esta "tarefa".

"É chegada a hora" de curar um feminino que passou por muitas provações dolorosas.

Agora, voltando ao encontro com a Shirley e o povo todo, posso continuar minha explanação. A única que eu não conhecia e achando que era quem não era, foi a Priscila.

Enquanto a Shirley ia de carro até o mercado buscar também um galão de água para mim, fiquei com a Alice e a Priscila conversando sentada no degrau do lado de fora da casa delas, num diálogo que eu falava dos últimos episódios da minha vida e ela compartilhava um pouco da vida dela antes de chegar ali. E para minha surpresa, de um discurso de vida dela, tomei consciência de muitas coisas de mim. Entendi que eu não permiti muitas das coisas que aconteceram comigo no ano passado, que lutei bravamente em minha defesa, que estava adoecendo porque ao invés comemorar minhas escolhas, eu estava me punindo e lutando contra mim mesma.

Também entendi que minha escolha em recomeçar saindo de onde eu estava foi de fato por amor próprio e que fui muito corajosa por isso.

Que o contrário da vida de muitas mulheres que vivem com pessoas narcisistas e passarem por situações que permitem passar, eu não permiti nada e passei lutando porque no mundo existem pessoas más e que fazem maldades com os outros, mesmo quando não são permitidas.

Depois da conversa onde eu mais ouvi e menos falei, até mesmo para entender o que eu tinha que entender em mim, voltei para o chalé muito pensativa, mandei uma mensagem para uma querida amiga e contei para ela tudo que eu descobri naquele momento. Entre soluços e lágrimas, olhei para a janela do meu chalé e descobri borboletas nas cortinas.

Esses dias enquanto eu escrevia numa postagem no Instagram, a pessoa me respondeu que aquele momento difícil estava acontecendo comigo porque dentro de mim estava acontecendo transformações. Falei com outra pessoa sobre minhas descobertas e senti que se sentia aliviada com a minha fala.

Horas antes quando conversava com a Camila e contava minha história e a necessidade viva de curar meu feminino com suas práticas, percebi que essas borboletas estavam em mim, casulos em mim, transformações em mim. 

É o momento de me fortalecer, de me curar para que eu possa como psicóloga e mulher curar e fortalecer outras mulheres.

À você Priscila que esteve no meu caminho com seus ensinamentos de vida, saiba que eu tenho por você GRATIDÃO.

"Meu projeto de escrever sua história continua firme e forte. Sabe por quê? Quando me conecto com a história de vida dos outros, curo as minhas feridas e suas feridas são curadas com as minhas histórias".

"Deixa eu contar sua história?" "Entre céu e mar existem inúmeras possibilidades de viver".



 

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