Vira a chave

 Já deve ter ouvido falar nesta frase "vira a chave"... Interessante pensarmos nela as vezes em perspectivas diferentes, afinal somos diferentes a cada período que avançamos e superamos a nós mesmas.

Fazia um tempo que sentia a necessidade de "ver o mar", outra expressão que nem sempre inclui o mar de fato, mas o caminho que fazemos até chegar nele ou sem ele, é o que faz a diferença.

Fiz aniversário dia 18 de outubro, comemorei com uma vela estrela espetada num donut temático de halloween, personagem famoso, o "Frankenstein", na frente da tela do notebook com a minha filha morando nos States. 

Só que eu me propus a fazer algo diferente que marcasse o dia não necessariamente no dia 18. Combinei com uma amiga, a Claudinha, e fui na excursão dela com outras pessoas, para Holambra que eu não conhecia.

Foi divertido, conheci pessoas, ouvi histórias, me deparei com uma tecnologia e áreas de atuação muito distantes da minha realidade. 

Admito que fui não só para me distrair e comemorar uma nova fase de vida, mas também para fazer conexões com pessoas e aprender a ver a minha vida por perspectivas diferentes; fora do quadradinho.

Num dos locais que visitamos, conheci duas pessoas que me emocionaram muito. Um senhor Holandês que não sei dizer o nome, que veio para o Brasil em 1941, no meio da guerra. E a Margareth que foi para a Holanda estudar por um ano e ficou por 25 anos (uma vida eu diria) e voltou agora (a pouco tempo) trazendo a família e o marido holandês.

Eu me emocionei com essas singularidades porque fiquei num casamento falido por 22 anos aproximadamente, vivendo uma vida de miséria emocional, onde não conseguia ver de forma diferente porque tinha perdido minhas referências saudáveis. Só que conhecendo essas histórias, virou uma chave no meu cérebro, de algo que estou passando hoje, com todos os medos internos, pelos desconhecido, mas que noto que podemos viver fora da caixinha, envolvida em projetos muito além dos muros da escola, proporcionando experiências enriquecedoras, conhecendo histórias e pessoas que viveram seus 22 anos e trá lá lá de maneiras tão distintas que a minha.

Somos pessoas diferentes e singulares que fazem escolhas e trilham caminhos diferentes, porém muitas pessoas passam e cruzam nossos caminhos. Precisamos saber distinguir o que é para nós, o que queremos e o que é do outro.

O que podemos aprender com os outros e o que podemos descartar que não nos serve.

Mas a chave virou!!



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Vila das Borboletas