Um novo amor

Amar na maturidade pode parecer algo fácil, mas envolve vidas maduras. O que eu quero dizer com isto?

Muitas coisas para ser bem franca contigo! 

Requer muito jogo de cintura, observação, julgamentos, aprendizagens como flexibilidade. Pense em um relacionamento que envolve duas pessoas que já passaram por muitas aventuras, por muitas experiências. 

Pense que são duas pessoas que podem ter seus filhos e netos, estabilizadas em trabalho, casas, cidades distintas, mas tem algo ainda que deve ser avaliado, que um amor maduro na maturidade pode ser inconsequente, mas  real.

Tem uma diferença nesse "real", significa o contrário de "não idealizado" e por isso requer a avaliação e o julgamento sob suas experiências vividas. Não estou me referindo a julgamento de valores, isso não cabe no exemplo e na objetividade do texto, mas o seu julgamento da situação para que a sua experiência sirva de bússola para os futuros passos.

Um novo amor na maturidade, tem atração física e a admiração por qualquer coisa que o outro faça ou seja, tem desejo e prazer. Mas não erre como antes. Erros e falhas vão existir, mas que não sejam os mesmos de outros relacionamentos experienciados. Queremos evoluir ou seja, sair do círculo vicioso e para isso, tomar consciência do que faz e autoconhecimento é peça chave nesse velho tabuleiro de xadrez, onde é fundamental ser estrategista.

Chega um tempo que pensar numa nova relação requer mais do que estratégia. Não queremos trocar a liberdade de dormir sozinhos, nus e roncar a noite toda; mas acrescentar nessa realidade momentos íntimos com um amigo que dividimos as histórias mais picantes por whatsapp, mesmo que na distância de 1000 Km.

As vezes criamos uma realidade virtual cerebral de dirigir esses quilômetros, por horas até chegar ao destino desejado, ou pegar dois voos para passar 4 dias em terras distantes por exemplo.

Sim, vamos discutir isso aqui com você, é tentador, eu sei, admito!! E mais tentador pensar numa aventura longe de casa, com alguém que desejamos algum dia mas não aconteceu quando não podia ter acontecido.

"A vida é louca mesmo, quando nos conhecemos pela primeira vez, não pensamos em uma aventura, eram outros tempos, os dois viviam com seus parceiros, mas a vida deu uma reviravolta, veio a reconstrução pessoal, o covid-19, a distância..".

Pensando na vida como tudo é provisório e nada permanente, a vida segue um dia de cada vez como sempre foi.

"Eu tenho que admitir que gosto de uma aventura...mas que seja pelo mundo. Desejo que o mundo me conheça e eu a ele. Desejo um abraço de "urso", sentir-me acolhida por onde eu passar, por caminhos que sei que vou encontrar pessoas, em encontros únicos, rasos, intensos ou profundos...".

B. T., 52 anos

Imagem baixada gratuitamente

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Essa história é de uma pessoa que se identifica como Bianca (pseudônimo), mantendo a identidade preservada.



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