Passeando pelo parque

Abra seu guarda-roupa e uma gaveta por vez. Leve consigo pano, lustra móveis de sua preferência ou algum produto adequado para a limpeza, algumas sacolas para separar o que não serve mais, o que já foi bem usado que pode ser substituído e o que vai jogar fora.

 Permita-se olhar para dentro dessas gavetas quantas vezes precisar. E tirar ou guardar o que não está no momento de se desfazer. Mas limpe e organize para ter noção do que tem dentro de cada uma delas.

As vezes, durante a limpeza das gavetas, percebemos que temos dificuldades de encarar nossos medos e o desprender-se de algo que temos um maior apreço e uma ligação afetiva. As vezes uma certa resistência de nos desfazer de algum objeto porque quando tocamos ou olhamos para ele, nos reconectamos às lembranças e sensações vivenciadas no tempo exato antes vivido. Para outros, a relação afetiva já foi elaborada e conseguimos entender que o despertar está sendo ouvido tanto pelo inconsciente quanto pela razão.

Não adianta apenas tirar e jogar fora ou doar, esse exercício tem que ser sentido respeitando a sua dor e todas as sensações vivenciadas e acolhidas por você. O fato de limpar as gavetas tem que partir do desejo da mudança, na compreensão de que aquilo não é mais necessário como se fosse um fechamento de ciclo para a abertura de novos ciclos.

Como uma experiência vivenciada num momento muito libertador onde você pode ter sido você, desprendido de regras sociais por exemplo, onde se sentiu poderosa, livre e mulher (se não for, ajuste à você). Mas o fato é a aceitação das experiências vividas, mesmo que o fechamento ou a continuidade não tenha sido da forma como desejava. 

Imagine então as experiências que você viveu com toda a liberdade que pode sentir, no impulso quando era sempre você, sem amarras, com regras do lugar, sem ter que se adequar às regras sociais mais rígidas, ouvindo a música que te desconecta da realidade dura do cotidiano, totalmente descontraída.

Experimentar sensações, conhecendo novos espaços e seus limites, vivendo sem amarras com alguém que parece que conhece a uma eternidade. Como se essa fosse a experiência mais incrível da sua vida, porém num parque de diversões, não se pode ir à montanha russa sem cinto de segurança, então a vida te traz à realidade e pede que você tenha alguns cuidados, que você considere que passear pelo parque precisa ser agradável para os dois, assim como abrir as gavetas quantas vezes quiser e organizar do seu jeito e tirar o que não te serve mais quando for confortável para você.

O passeio pelo parque precisa ser confortável para os dois, com certas regras de convivência, nem tanto ao céu, nem tanto ao chão porque a vida deve ser vivida com intensidade, liberdade e prazer com conexão, segurança e muita inspiração, afinal um momento vivido muito bem vivido.

Imagem baixada gratuitamente do site pixabay  


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