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O que está contido num ponto de interrogação é sempre uma dúvida, uma incógnita, uma verdade querendo se tornar mentira ou uma meia mentira ou uma meia verdade. Não sei como as pessoas conseguem assistir notícias na tv. Nesta manhã eu estava sentada numa sala de espera de um consultório com a tv ligada passando só coisas ruins.

Não prestei muito atenção porque vai me dando nervoso. Vi que tinha gente reclamando dos turistas que visitam as áreas de corais, que não se limitam a olhar mas colocar as mãos e arrancar pedaços para levar para casa. Aqui nesta cena já temos várias implicações, das quais o repórter diz que a Marinha tem que fazer o seu trabalho, que os turistas têm que respeitar, que as agências que levam os turistas têm que orientar, que as pessoas que visitam têm que preservar, mas não falam o essencial, que o governo a 3 anos atrás abriu todas as áreas de preservação ambiental para visita; de quem é a responsabilidade mesmo?

São anos de pesquisa, anos de preservação, anos em que a natureza tem o tempo e o espaço para ressurgir e o que o governo faz? Desqualifica o direito à vida, o trabalho do pesquisador, as áreas preservadas, os animais. Isso não desqualifica as responsabilidades dos outros setores e nem tira a responsabilidade da população, porém o país está como está porque a vida não tem valor algum, seja pela Amazônia, pelo Pantanal, pela vida da população, quando o essencial é encher o "bucho" de leite condensado pago com dinheiro público.

Numa interrogação estão as dúvidas de cada um de nós enquanto pessoas que somos, enquanto cidadãos que somos, nesse país que sempre escolhe seus governantes pelo menos pior, mas neste caso, por favor, desconsideraram todas os sinais mostrados na campanha, os dados pesquisados, mas levaram em consideração a decência e os maus costumes hipócritas de uma sociedade patriarcal e machista.

Cada vez que temos um cidadão no poder brasileiro fazendo e falando merda, os babacas que não são nada se acham no direito de desrespeitar a mulher vizinha de porta, apontar o dedo para essa ou aquela que não é nada sua.

Minha interrogação na verdade é formada de muitas dúvidas, nem todas políticas mas de cunho emocionalmente profissional da saúde mental. 

Quando vamos ao centro espírita, geralmente tem uma fila onde recebemos uma ficha com número para controle de atendimento. Ninguém passa na frente de ninguém, nenhuma pessoa é considerada preferencial na dor porque se está ali, é tão "precisante" como qualquer outra pessoa. E nesses lugares as pessoas levam seus banquinhos ou cadeiras de praia e sentam-se na fila e conversam até que sua vez de entrar chegue. Essa condição não faz ninguém melhor ou pior, mas o faz humano.

Hoje seja na Polônia ou no Brasil, pessoas que não são mulheres querem definir o que mulheres precisam ou que não precisam. Pessoas governantes são pessoas ou são apenas políticos? Homens fardados se utilizam de suas fardas para mostrar poder e quando estão sem elas, são o quê?

Posso passar o dia todo te dando inúmeros exemplos sobre posição de poder e você pode questionar sobre os problemas que estão contidos nesses exemplos. Mas vou me adiantar com essa resposta: só vira um problema para você quando te afeta. Enquanto não afeta o problema é do outro, apenas dele.

E quando o problema te afeta, o que você faz? Reclama, se coloca como vitima, procura soluções para resolver? E quando esse problema afeta toda a humanidade, o problema é seu também. Quando o problema afeta você, quando afeta de tal maneira que você sozinho não consegue resolver, você apela, deixa como está e segue a vida ou procura um profissional?

Me diga: quando o telhado da sua casa está vazando, você procura um especialista em telhados? Quando um cano fura, procura um encanador? Quando a energia não chega dentro de casa, você procura um eletricista? Quando o dedão do seu pé dói, procura um médico? Quando suas experiências vividas se tornam dolorosas, procura um psicólogo? Quando seus animais estão doentes, procura um veterinário?

Perceba que cada um faz a parte que cabe fazer!

Imagem baixada gratuitamente pelo site pixabay

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Vila das Borboletas