2020


Tem gente que diz que mesmo que uns conquistaram empregos novos, ainda assim não podemos comemorar o ano por causa de tantas mortes que o mundo teve por conta do covid-19.

Eu penso o contrário pois podemos comemorar as pequenas conquistas individuais com todo respeito aos que partiram. 

Estamos aqui agradecendo a oportunidade pela vida, seja como for, estamos vivos.  

Podemos agradecer pelos singelos gestos inesperados que as pessoas tem por nós.

Pelos amigos que mantivemos vivos em nossas relações e por amigos novos que conquistamos neste ano atípico.

Agradecer sempre pelas superações, por saúde, pela força de estarmos de pé e dar um passo de cada vez. Pelas oportunidades de conseguir ajudar pessoas, de escrever novas histórias, de reconstruir queridas e velhas histórias. Pelo ano que está passando, pela resiliência que descobrimos ter em nós ou que já tínhamos.

Agradecimento nunca é demais. Eu posso dizer que só tenho a agradecer pelas conquistas e pelos desafios que superei e por minhas superações. Eu quero agradecer por todas as pessoas que foram inspiração para os meus dias serem melhores, mais coloridos, chuvosos. Sou grata pelas pessoas que estiveram ao meu lado, partilhando da minha vida e eu da vida delas. Sou eternamente grata por pessoas fantásticas que estiverem comigo em 2020 e que também disseram que eu sou fantástica, mesmo quando tive que superar um medo, uma mágoa, uma dificuldade e me deram a mão quando eu não tinha mais forças para levantar.

Todo esse ano esperei do Universo que ele me surpreendesse e hoje uma atitude tão singular vinda de quem eu não esperava, me deixou comitiva. Essa pessoa conseguiu me surpreender como a muito tempo eu não era. Um gesto simples, na entrega de um panetone.

As pessoas com quem nos conectamos não sabe das nossas lutas e das nossas vitórias, mas sabem que o nosso melhor é entregue a elas. 

Meu avô tinha uma loja de armarinhos, daquelas lojinhas antigas que vendia de um alfinete a uma mala de viagem. Eu era criança quando via ele e a minha avó atendendo as clientes. Eles tratavam todas as pessoas da mesma forma, com cordialidade, porque todos são clientes em potencial. Ele dizia para mim, "trate uma pessoa com respeito, mesmo que ela entre para comprar um botão. Se ela for bem tratada, ela volta para comprar outros artigos e traz com ela outros clientes".

Já meu pai dizia "que ninguém sabe da pedra que está no seu sapato. Ela olha de fora e não vê o que você vê e não precisa ver, não precisa saber".

Acredito que quando levamos conosco esses ensinamentos fazendo o nosso melhor todos os dias, conquistamos pessoas e deixamos marcas. Gosto muito de um provérbio: "por onde passamos deixamos um pouco de nós e levamos um pouco do outro".

E dessa forma deixo aqui meus agradecimentos a todas as pessoas que passaram por mim e deixaram um pouco de si.

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Vila das Borboletas