O último biscoito do pacote

Essa frase me lembra algo extraordinário, que neste ano aconteceu duas vezes. Refere-se ao conceito de autovalorização, em diferentes pessoas de idades distintas. 

Podemos fazer várias leituras do título deste texto porque para algumas pessoas a autovalorização é algo fútil, para outros funciona como o sistema de defesa pessoal, para outros o significado literal da palavra que pode ou não remeter a crocância da iguaria saboreada sozinha ou mergulhada no líquido da xícara. 

De qualquer maneira, o último biscoito do pacote é o mais gostoso por ser o último ou aquele que vai deixar saudades, afinal depois que você tirar esse biscoito do pacote, vai jogar a embalagem fora.

Hmmm.. essa embalagem também tem um significado todinho especial porque quando compramos um produto no mercado, estamos escolhendo um pacote entre tantas marcas e produtos em diferentes prateleiras com variedades bem parecidas. Escolhemos pela cor da embalagem, pelo nome, pelos ingredientes, pelo valor.

E na vida não é muito diferente!! Selecionamos pessoas pelo jeito, pela forma de expressar-se, pelas roupas, pelo cheiro, pelas companhias, pelo conteúdo. Quando selecionamos com quem queremos compartilhar algo, até o nosso tempo e a nossa vida, fazemos escolhas e selecionamos com quem queremos estar.

E nas escolhas que não começam do zero porque já temos experiências e histórias vividas, a um sinal de perigo, nosso inconsciente nos manda um alerta de perigo, mesmo que não exista o perigo real. Nesse movimento interno seu consigo mesmo, os sinais vêm com mais ou menos intensidade para que você fique alerta.

Quando partimos da vida sem experiência, todo instante é novo sem referências ou com poucas, mas não tem histórias e marcas vividas e internalizadas e esses alertas são para o desconhecido momento da vida. No caso anterior, os alertas fazem com que tomamos outras providências e as vezes com atitudes que fazem as pessoas a afastar outras por conta da autovalorização excessiva por defesa.

O que eu quero dizer que tem várias maneiras de se dizer ao outro que ele é o último biscoito do pacote. Por exemplo quando uma pessoa procura a outra para conversar, com intencionalidade de aproximação, e a pessoa diz no meio de uma conversa que ela está quase namorando, para afastar a outra dela e por autovalorização, querendo dizer "eu tenho valor", "eu sou o último biscoito do pacote".

Num outro exemplo, a pessoa começa a construir vínculos com alguém mas esse alguém não está preparado para a manutenção desses vínculos. Toma atitudes que autovalorização de si mesma para criar em si uma camada super protetora como se assemelhasse a uma armadura de um cavaleiro andante, não para dizer que você é uma pessoa péssima, mas para dizer a si mesmo que não está preparado para algo mais intenso.

Nessas duas situações estão tão despreparados para a vida quanto para o amor que nem perceberam que "o último biscoito do pacote" foi perdido por não saberem desfrutar os momentos mais valiosos que a vida nos proporciona, quando o não e o quase estão dando as mãos, a intensidade em viver vai desfrutar os momentos com quem de fato está a fim de viver experiências inigualáveis.

Imagem baixada gratuitamente do site https://pixabay.com/pt/photos/pessoas-homem-mulher-casal-2557408/

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