Interpretações

Sabe o que quero dizer com interpretações? Imagine dez pessoas lendo o mesmo livro, uma lei, um decreto, uma divulgação, uma imagem correspondendo com uma frase ou uma marca, podem gerar várias interpretações. Agora imagina as interpretações acerca de uma fala, numa conversa isolada, num grupo em qualquer assunto onde cada pessoa é diversa em tudo e no direito de ter opiniões e expressar-se como só ela sabe, na sua individualidade.

Pode ter o mesmo efeito, mesmo que as pessoas envolvidas sejam politicamente corretas, de uma flecha. Sabe quando as pessoas dizem que as palavras saíram da boca como uma flecha? Mas nesse caso, a flecha ou as palavras foram mal intencionadas ou a pessoa não mediu ou se questionou se deveria ter dito, dizendo no impulso do momento?

Intenção em dizer, intenção em machucar são ações, porém interpretações são reações de quem ouviu, creio eu que sim. E nesses casos aonde ficou o bom senso já que ele é relativo para cada pessoa? Hmm...podemos então lembrar do respeito como prerrogativa para todos em qualquer relação, podemos lembrar que nessas horas a seleção de parcerias, parceiros, amig@s se dá por conta desses acontecimentos.

E podemos também lembrar de outros aspectos como o que é meu e o que é o do outro, porque mesmo com respeito, escolhendo as palavras, selecionando as pessoas, cada um de nós interpreta da forma como se relaciona consigo mesmo, com o outro e com o mundo. Tem os mais preparados, os mais maduros, os mais afoitos. Tem os mais experientes, mais calmos, mais tranquilos. Tem os que sabem escolher melhor as palavras, aqueles que tem propriedade no que dizem, tem as pessoas que preferem ficar no nível do senso comum e tem os que se arriscam ao nível do aprimoramento. No mundo tem pessoas de todos os jeitos porque somos diversos, uns com mais vontades de aprender que os outros, uns com mais resistências e outros com mais independência.

Se somos diversos, cabe a cada um se responsabilizar pelo que é dito e o que é compreendido. Mas fique atento o que é seu e o que é do outro. Nos vemos no reflexo e no outro projetamos os nossos tudo. Esse ponto é relevante e devemos ter maior atenção. 

Quando estamos insatisfeitos conosco precisamos olhar para dentro de nós e não perguntar ao outro se ele não está satisfeito com ele. Essa é uma dor nossa e não do outro. Não projetar no outro a sua dor faz parte do reconhecer-se porque você tem conhecimento de si. Olhar para fora naquele ambiente que as sensações causadas são hostis e introspectar, trazer para dentro e sentir, digerir, refletir e avaliar sobre qual tomada de decisão deve tomar. Quando colocamos na mão do outro um problema ou uma dor que não é dele, somos irresponsáveis conosco mesmos.

Agora olhar para o outro como o espelho e por ele me ver, pode ser em questões positivas e negativas. Algo a ser pensado e analisado também.

E como fazemos para nos conhecer além do dia-a-dia, uma boa psicoterapia vai contribuir com esse processo quando não nos reconhecemos nas vivências do cotidiano. Conversar em sessão sigilosa com um profissional da saúde emocional, vai muito além da consulta com o clínico, não desmerecendo, pois cada especialidade suas responsabilidades. Médicos que cuidam da saúde física e os psicólogos que cuidam da saúde emocional. 

Para você que tem preconceito, desafie-se. A você que tem receio, experimente. A você que quer conhecer sua sombra, seus desejos inconscientes, suas limitações, suas dificuldades de entendimento seja do que for, quebre essa crença e vai cuidar de si mesmo.

Vai ser feliz com você mesmo!! 


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