Empoderar-se
Essa palavra tem estado nas minhas ideias a mais de 2 anos mas hoje falamos mais sobre ela devido aos acontecimentos sociais infelizes da falta de humanização.
Quando vivenciamos situações dolorosos ficamos mais perceptíveis a alguns acontecimentos mesmo que com pessoas que nunca ouvimos falar.
Por ser professora de educação infantil e trabalhar com crianças tão pequenas mas nem sempre tão ingênuas, nos deparamos com situações ímpares. Por ser psicóloga e estar sempre atenta além dos comportamentos infantis, tenho tido mais empatia do que jamais tive pela dor e pela realização dos outros.
É como abrir a janela e admirar o lado de fora, contemplando a chuva, o vento, o sol, o dia nublado, a tempestade. E nesse movimento sentir os sentimentos das pessoas, lendo suas expressões faciais e corporais meio que sentindo o que elas sentem. Isso é a empatia vista pelo olhar da psicóloga. Mas vai além disso!!
Quando uma colega está com tristeza, quando uma desconhecida chora no ponto do ônibus, quando uma amiga fala com voz de cansaço e não nos tocamos com essas dores e isso não nos afeta, fazemos leituras sobre esses acontecimentos. Mas quando nos questionamos ao ponto de parar e perguntar "está tudo bem? Você precisa de ajuda?" a mulher do ponto. Quando conversamos com a amiga e a colega dizendo que estamos juntas, fazemos a diferença na vida do outro. E quando somos mulheres acolhendo o sofrimento uma da outra, além da empatia estamos no acolhimento, empoderando-nos porque dentro de nós existe leoas, lobas, anciãs, mulheres fortes e maduras a ponto de dizer "você não está sozinha!"
Empoderar-se começa na autoestima, na construção da identidade pessoal e feminina, social e cultural, descolando rótulos e quebrando crenças limitantes. O empoderamento feminino está nas concepções de quem somos como pessoa e quem somos como mulher nuas, seminuas, vestidas, com ou sem crenças, com ou sem religião, com ou sem parceir@, com ou sem escolarização, linda ou maravilhos@, com ou sem celulite. Importa que somos mulheres vivas, unidas e fortes. Importa aonde estamos e o cargo que ocupamos, importa o que fazemos e como fazemos. O que importa é que somos mulheres lutando por nós sempre.
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