Quando passei a me amar!

Amor próprio se trata de amar a si mesmo, num movimento interno de lealdade consigo mesmo. Uma construção honesta e verdadeira de significados respeitosos que vem de encontro com a essência, aquilo que sabemos o que é, não numa verdade absoluta mas na convicção de conhecer-se e entender quem é, o que precisa, como quer viver e o que de fato busca para si. 

Nesta busca nada é absoluto, intransigente e egoísta, muito pelo contrário, é a busca de si mesma que torna a cada dia pertencente em si mesma, uma pessoa mais inteira. Hoje busco estar presente na própria vida e saber que sou para mim alguém que procura respeitar-se em essência. Hoje sei que o que quero é a simplicidade, a honestidade, confiança, maturidade, desapego, autenticidade, amor próprio, sabedoria do coração, humildade.

Hoje compreendo que estou no momento da vida no lugar certo e no tempo certo, vivendo o que de fato tenho que viver. Compreendendo que quando eu cobrava algo de alguém na verdade estava cobrando de mim mesma, algo que no momento eu não estava preparada para viver. Quando passei a entender que tudo à minha volta está para eu evoluir, para eu crescer entendi que a maturidade está mais próxima de mim.

Viver algo que não queria e me cobrava a viver era de fato uma agressão contra mim mesma e isso não é um ato de amor. Mas a maturidade vem com o passar dos tempos no meu tempo diferente da vida dos outros, para cada um tem um tempo e um espaço específico.

Quando passei a me conhecer e a me respeitar, passei a compreender que o meu tempo e espaço quem cria sou eu, e nessa criação fui me construindo como sujeito de direitos, no direito de me amar. Quando me entristecia ou me magoava entendi que eram avisos para que eu não vivesse contra a minha própria verdade.

A partir do momento que passamos a nos amar, olhar para fora e dentro de nós mesmos, dei o presente de parar de traçar grandes projetos para o futuro e viver o presente, o hoje, o agora pois é nele que o futuro se define, vivendo o hoje. No hoje eu vivo com amor, com leveza, com intensidade me envolvendo de corpo e alma. Hoje eu me afasto de pessoas negativas, fúteis e de seus problemas por saber que isso não me faz bem, não é saudável. Não me sinto egoísta, me sinto responsável por mim mesma, respeitando a humildade de ser quem eu sempre fui. Sempre me permiti conectar-me com pessoas, das mais interessantes e diferentes, algumas se mostraram más, cruéis mas outras incrivelmente interessantes. Hoje eu me faço interessante de todas as conexões eletromagnéticas que tive com essas pessoas em momentos vividos, aprendi muito com tudo e diante de tudo eu me construo como pessoa que sou respeitando a minha essência.

Quando me deparo com meus problemas e minhas dificuldades mais existenciais eu busco me entender, da mesma forma que a vida não é linear, a minha existência não é, meus conflitos não são, mas eu não fujo de mim mesma e nem do mundo, eu me enfrento na busca de entendimento, eu sou confiante e compreensível comigo mesma.

Hoje eu sei que isso é vida, eu sei que contemplar o céu olhando para o horizonte é uma forma de me conectar com o meu sagrado, eu me relacionando com o mundo e agradecendo por existir. Aprender a se amar é a chave para toda a felicidade em viver.

Quando eu digo à vida "vem me surpreenda!" eu estou preparada para viver uma vida que eu nunca vivi mas que eu sempre desejei, um amor maduro porque eu sei viver do espaço mais longínquo do alto até o mais profundo do mar. Porque eu me reconheço nesse crescimento interno me respeitando numa consciência profunda.

Quando nos respeitamos passamos a nos cuidar sem mágoas e sem doenças. Vem vida me surpreenda!!


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