O Processo do Despertar da Empatia
Tudo começou com o isolamento social por conta do COVID-19, o vírus desconhecido até pela medicina. Nesse processo começamos a fazer o exercício contrário do dia-a-dia, ao invés de olhar para fora de nós passamos a olhar para dentro de nós. Nesse exercício de olhar para dentro de nós dentro de casa, no processo de adaptação do desconhecido, olhar para nós mostrou que o olhar e o ver, ações diferentes, seriam muito mais do que fazer por si só um olhar individual.
Nesse processo, não somente olhar para dentro de si foi desafiador, mas perceber que enquanto olhava para nós mesmos e vou insistir nesse ponto, mas o outro enquanto tão próximo de nós, passando por processos distintos e tão peculiares quanto os nossos, surgiu em nós a empatia.
Nasceu em nós a empatia como ela dever ser considerada. Colocar-se no lugar do outro, não considerando nossas vivências, mas colocar-se no lugar do outro respeitando as referências do outro. Difícil? Eu diria é que tão difícil quanto olhar para as nossas referências. Quando olhamos para dentro de nós e encontramos referências e essência torna nosso processo difícil, mas quando olhamos para dentro de nós nos deparando com algo que não nos reconhecemos, então descobrimos que está na hora de reconectar consigo mesma.
Veja como os processos de significar e ressignificar podem ser complexos para nós, na nossa história. Agora imagine na história que você só conhece o que vê e que o outro quer que você veja. Você não conhece e não sabe como o outro constrói dentro de si seus próprios processos, como ressignifica ou como destrói. Você não sabe como o outro se construiu enquanto sujeito, não sabe como o outro se constrói todos os dias, se o outro tem muitos ou poucos rótulos, se o outro carrega poucas ou muitas crenças limitantes, se tem sabotadores; o que você sabe da vida do outro?
A única coisa que você sabe é que o outro não é você. E nesse processo você não pode se intrometer, falar o que pensa, agir pelo outro, tomar decisões pelo outro e ainda mais como o outro deve agir neste ou naquele problema. Pense em você, gosta de deixar que os outros tomem decisões por você?
Mas o que é empatia nesse processo de ressignificados? Nas minhas reflexões funciona assim:
1. Esteja em você e no mundo sendo quem é e procurando ser todos os dias uma pessoa melhor por e para você. Isso não significa ser egoísta, narcista ou convencido. Essa é a visão dos outros por você. O importante é como você se vê e se considera;
2. Veja como você está para você no processo de Ser;
3. Olhe-se prestando a atenção nas suas ações antes de qualquer decisão de olhar para o outro;
4. Seja vulnerável porque ninguém é perfeito, um herói;
5. Dê cor ao seu EU. Torne-se único com personalidade. Pense em quem é você!;
6. Desperte-se como Sujeito com essência, personalidade sendo protagonista da sua vida;
7. Conecte-se consigo mesmo, seja exemplo para si mesmo, preocupando-se com o legado que vai deixar para os outros à sua volta;
8.Nesse processo de autoconhecimento faça reflexões no hoje e no agora tendo você mesmo como referência da sua vida para si mesmo. Haja em prol da sua evolução sem precisar desmerecer alguém, sem crueldade com ninguém. Faça o seu melhor todos os dias.
9. Quando estiver conectado consigo mesmo, nesse processo de ressignificação, tente ter empatia pelo outro considerando o que ele é e o que ele faz por si mesmo. Lembre-se que você é exemplo APENAS para si mesmo!!
Resumindo: o que você pensa e sente sobre você deve ser considerado, o que escuta, o que vê, o que fala, o que faz, quais são as suas dores e o que você enfrentando com coragem nesse processo íntimo e transformador é o seu ganho.
Quando tiver empatia consigo mesmo vai entender e compreender como ser empático com o outro.
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