JUSTIÇA


Quando um homem acredita que é superior à mulher ou quando um homem julga-se num papel distinto APENAS porque é homem e acreditando que pode subjulgar a mulher como um ser superior, ele é um machista. Fica ainda pior quando é um homem, machista estrutural e irresponsável quando julga a mulher como objeto de desejo, comete um crime e diz que a culpa é da mulher pelo crime cometido por ele. O machismo estrutural é cultural, mesmo tendo sido normalizado por décadas, está mais que na hora disso mudar. 

Quando participo de uma roda de conversa com mulheres casadas, fica mais claro o fato que a educação socialmente dita, precisa mudar desde a infância. As escolas têm feito estas mudanças e discutido esses pontos com seus profissionais, porém a sociedade como um todo precisa culturalmente modificar seus conceitos começando a olhar a criança como sujeito e não como meninos e meninas, no que diz respeito a escolha de um brinquedo, da cor de uma roupa por exemplo.

Quando vamos a um aniversário de meninos, levamos um presente, geralmente um brinquedo. E o que escolhemos? Quando vamos a uma loja de brinquedos, como eles estão organizados nas prateleiras das lojas ou nos corredores? Observe essas situações culturais e de mercado.

Vamos refletir juntas. Crianças são crianças em todos os lugares do mundo, mas ganharam respeito a pouco tempo historicamente pois antes não eram vistas e quando passaram a ser, eram tratadas como pequenos adultos, trabalhando como um adulto.

Antigamente não existiam leis de proteção, eram invisíveis aos olhos da sociedade e ainda muitos são. Ainda temos crianças marginalizadas, sendo abusadas, discriminadas, mau tratadas. A justiça faz a sua parte quando uma criança não está sendo cuidada, respeitada e protegida, como diz a lei maior do nosso país.

Cinto de segurança, cadeirinha para transporte de bebês é lei em recente. 

Se pensarmos que a criança é uma criança que pode brincar do ela quiser, porque na casa de uma família machista um menino não pode brincar de boneca ou de casinha? Um dia desses vi uma postagem no Instagram com um diálogo da mãe e o filho no mercado escolhendo um brinquedo. O menino escolheu uma boneca e a mãe pergunta tem certeza que você quer esse brinquedo? E ele diz que sim, que ela é sua irmã. Isso vai muito além, perceba que este menino tem referências positivas da figura masculina.

Como queremos melhores parceiros, melhores pais, melhores homens se ainda o mercado, a sociedade e a cultura diz que meninos só podem brincar com lego, construtor, carrinho, moto e meninas tem que brincar com bonecas? Como queremos que meninos se tornem pais presentes e participantes na vida do filho, se presencia o pai maltratando a mãe dentro de casa durante a sua infância?

Pensem o que queremos deixar como legado para os nossos filhos, sobrinhos, crianças de um modo geral, se não discutirmos a construção desses processos sociais desde então, na luta pela mudança cultural e social da nossa humanidade, porque você também faz parte dela.

Nossas escolhas em tudo devem ser conscientes, na escolha de um candidato que nos represente de fato, que respeite nossas pessoas de perto e de longe do nosso convívio, conhecidos e desconhecidos. Tenhamos escolhas conscientes dos produtos que consumimos de empresas que respeitam o meio ambiente, que contratam pessoas dentro das leis trabalhistas, que respeitem o cliente que somos nós. Precisamos ter consciência das ações criminosas de pessoas públicas e desconhecidas que desrespeitam a vida de uma mulher, de uma criança, de um animal, não sendo conivente com a criminalidade.

O jogador em questão além de ser machista, criminoso é irresponsável e imaturo. Quantos homens e mulheres que cometem crimes como esses e não são julgados por seus atos? Quando o crime fica na impunidade causa força aos marginais inrustidos a cometer crimes.

Pense, reflita, avalie! Que tipo de sociedade queremos para nós??
Que a justiça seja feita para qualquer crime contra a humanidade! Que a lei seja maior do que a boca aberta de quem não me representa como mulher!

 

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Vila das Borboletas