Hoje eu quero ir para o mar

Seja com chuva ou com sol é no mar que me reconecto comigo mesma. Sentada na proa, mergulhando no raso, admirando o por do sol, molhando os pés,  acompanhando tartarugas marinhas, é no mar que organizo meus pensamentos e sentimentos.
Passamos por processos o tempo todo, pelos quais entendemos ou os tornamos mais fáceis de entendimento e aceitação,  e por outros que levam mais tempo para serem digeridos e interiorizados.
Creio que nem sempre são fáceis e aceitos mas precisamos respeitar o processo do outro quando não está pronto para viver aquele momento. E nesse processo de aceitação procuramos ver significados para tudo que de certa forma acolha os nossos sentimentos. 
Cada um de nós conhece o jeito como lida com os fatos do cotidiano e reconhece em si o jeito de ser e de estar numa relação seja qual tipo de relação,  porém lidar com as limitações pessoais é algo compreensível porque procuramos ou não desenvolvê-las. E quando é do outro e cabe a ele desenvolver, cabe a nós respeitar, acolher e ter empatia. 
Tem processos que são mais difíceis de aceitar, mais que milhões de palavras principalmente quando existe sentimentos envolvidos. Nessas horas precisamos recolher nossos ossos (referência ao livro Mulheres que correm com lobos) e no tempo certo liberar para o universo como um processo vivido. 
Todas as pessoas tem jeitos diferentes para vivenciar seus processos internos e todos são válidos visto como um processo terapêutico. Uns se recolhem outros explodem e outros saem para dançar. Todo mundo tem um jeito de internalizar processos..eu quero ver o mar.
Tela à óleo de Norberto Fabre num processo interno pós cirúrgico 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Turismo e a Claudinha

Autora

Vila das Borboletas