Nós estamos nos Reescrevendo, por quê?

 Todos os dias quando acordo, sigo minha rotina na organização de um dia de trabalho ou de estudos, tomando o café-da-manhã ou não, escolhendo a roupa que vou usar, pegando as chaves, os materiais e seguindo para os lugares que preciso estar. A rotina do dia-a-dia é tão importante para mim quanto que para você, mesmo que a intensidade e o ritmo seja diferente, afinal somos diferentes. Minha rotina vem sendo assim desde que me conheço por gente, desde que posso dizer que a responsabilidade é só minha e não mais, a muito tempo, da minha mãe, do meu pai ou o do transporte escolar. Para mim, a rotina é essencial na organização das tarefas e dos horários que presto à desenvolver. A muito tempo venho escrevendo a minha história e onde ela toca a vida de outras pessoas que me cercam, tomando proporções inimagináveis, no que tange aquilo que eu não posso controlar, descrever e nem ao menos saber como interfere na vida do outro. Venho escrevendo a minha história desde o dia que nasci até o dia 22 de março de 2020; não morri, estou aqui "escrevendo" para você essa história reflexiva. Dia 23 de março, se não me falha a memória, eu e todos os meus colegas profissionais da educação entramos de recesso, tudo foi muito rápido e diferente; minha cabeça precisava processar e "digerir" para pensar de maneira diferente do habitual. Denominamos aquele momento, de caos devido à pandemia gerada pelo vírus "conhecido" por Covid-19. Seria então o início de uma guerra? Tudo novo no momento quando eu via sentada em uma cadeirinha verde para crianças, no refeitório da escola, olhando para as famílias levando as crianças embora, e ainda era dia, quando meus alunos vão embora à noite. Tudo "era" estranho. O desconhecido é estranho e ele começa pelo caos como o buraco negro, sem a definição de nada, mas a natureza que estamos inseridos passou por muitos caos e está aí se reinventando. No começo do caos sempre é o caos, difícil, indigesto, sofrido. Cada pessoa sofre e reage de maneiras diferentes, uma vez que somos diferentes na forma de pensar, de agir, de ser e de estar. Como diz a matemática, o caos não é tão ruim, dentro da desordem existe uma ordem e nesse conceito posso pensar que na ordem do cotidiano existe um caos. O que muda é a perspectiva no modo de olhar, pensar e agir no caos, leva um tempo individual e coletivo para que as pessoas consigam exercer seus papéis sociais novamente organizando ou reorganizando, procurando um ou vários caminhos possíveis, no sentido de adaptar-se. No inicio tudo era o caos porque saímos do campo conhecido. Era o caos no exercício de ficar em casa, em isolamento social, foi algo inimaginável não abraçar, não conversar na fila do mercado, não andar nas ruas, não ir ao trabalho quando o espaço territorial é ativo com personagens de uma história real. Nesse movimento sem movimento livre, ficamos impossibilitados de sair de casa para evitar contágio e a morte; inventando de maneira organizada formas de trabalhar o que até então fazemos presencialmente. No início foi um caos interno porque ficar em casa nos força olhar para tudo aquilo que no exercício de sair para trabalhar ou estudar, podemos olhar com calma ou não olhar, para aquilo que incomoda. E nem sempre olhar para os meus defeitos ou falhas é algo cômodo, mas o caos força esse olhar porque afinal ficamos dentro de casa. Essa "casa" não é simplesmente a casa física que me abriga com a minha família, é a casa interna que me abriga enquanto sujeito, pessoa que se escreve a cada dia. E a cada dia desde março deste ano, venho me reescrevendo como protagonista de uma história que pode ser contada por uma voz e por muitas vozes. Cada pessoa conta, reconta, reescreve, escreve, canta, chora, ouve, vê suas próprias histórias e histórias de outras pessoas, que mesmo à distância de suas moradas e perto virtualmente estão vivendo suas vidas, reorganizando suas rotinas, reinventando sua prática profissional, seja nos estudos, no trabalho, na prática esportiva, na alimentação saudável, na forma como cada um se vê hoje, estamos reescrevendo nossas histórias de vida. Juntos somos mais em todos os sentidos. Mais unidos. Mais fortes. Mais parceiros. Mais amigos. Inigualáveis. Estamos nos reescrevendo porque somos privilegiados em: ver e participar do momento atual da vida e do mundo; fazer história; criar maneiras de trabalhar; descobrir potencialidades; enfrentar medos e limitações; sentir as inúmeras capacidades; ter fé; acreditar que somos melhores do que a nossa versão antiga; ter consciência que somos adaptáveis e resilientes; descobrir que juntos somos muito mais fortes! E diante de tudo isso, me diga uma coisa..você ainda acredita que o caos é ruim? Deixe seu comentário nesta publicação! Compartilhe! Se inscreva neste blog...a autora agradece!

P/S: a rotina é essencial na diminuição da ansiedade que assola nossos tempos. Pensando na dificuldade de pessoas queridas e me colocando no lugar do outro, escrevi um ebook (livro em pdf). 

É um material dinâmico, com dicas, reflexões que ajudam o leitor a escrever suas próprias anotações e que sim, vão colaborar para que ele veja e sinta a vida de uma maneira mais amena, tranquila e confortável. Não só para momentos de pandemia, mas do caos interno, colabora para o leitor se reescrever em momentos difíceis. 

Sou pedagoga e psicóloga, escrevo neste blog e criei o livro: "Qualidade de Vida: um caminho e muitas escolhas" 

À venda na plataforma Hotmart pelo valor de 59 reais, acessando este link: https://go.hotmart.com/W36364749E 

ou diretamente comigo através de depósito ou transferência bancária através  do email: zairafabre70@gmail.com 






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