Concepções e Protagonismo

 Na história do Brasil: muito tempo de escravidão, muito tempo de abandono e muitos anos de ditadura. O povo não aprendeu a ser protagonista. Aprendeu a obedecer aos mandos. Na história do brasil, o povo não aprendeu a ser empreendedor, mas de uns tempos para cá, vem aprendendo a ser protagonista de si mesmo. O que mudou? A visão e as concepções de pessoa e de mundo. Quando uma família vem à escola dizendo que seu filho é teimoso, podemos dizer de maneira construtiva, que ele é perseverante, investigador, questionador porque essas são características positivas na construção da trajetória, no processo de aprendizagem, na busca pelo novo, no encontro do conhecimento para o crescimento pessoal e consequentemente de todas as outras áreas que ele está inserido. Para um adulto, a busca do melhor na constância do melhor; da evolução profissional por exemplo. Para uma criança, o protagonismo cria, desenvolve, reconhece, transforma. Faz com que a criança tenha consciência de si mesmo, do seu corpo, da sua identidade pessoal e coletiva, toma percepções de mundo, colabora com a frustração e os limites essenciais na formação do caráter, da personalidade, da ética e dele no mundo como protagonista responsável desde pequeno. Ouvir um criança no que ela pensa, quais as hipóteses ela têm sobre diversos assuntos, o que ela sente, quais os sentimentos sobre tudo, respeitando e orientando sempre é um caminho para o protagonismo infantil. Respeitar as individualidades, respeitar como criança que é e vai ser por uns bons anos da vida nem se fala da sua importância. Uma criança aprende brincando, sendo respeitada, amada, orientada, alimentada, mantendo sua segurança física, mental e psicológica. O alimento que uma criança precisa, não é só aquele que é preparado na cozinha de casa, a criança se alimenta de cultura, de lazer, da família, da escola (quando é possível). Enfim..a criança precisa ter o direito à infância, respeitado.