Ama uns e come outros?

 Não ia fazer esta postagem porém com os últimos acontecimentos me vi na necessidade de falar sobre esse assunto. Faço parte de um aplicativo de relacionamento que entrei depois de muitos comentários de colegas e amigas, para eu me distrair e quem sabe conhecer pessoas interessantes. Até que conheci pessoas interessantes, uns mais que outros na seleção natural das intencionalidades, porque sejamos sinceras, escolhemos por características físicas e comportamentais, num conjunto de pessoa como dizia minha avó. Fiz amigos, converso com pessoas, mas mais mortes na praia do que um relacionamento que valha algo; por enquanto. Quando a gente entra tem que fazer uma descrição e escolhe alguns itens para compor o texto e eu escrevi que sou vegana entre outros detalhes. Nessa colocação dá crush quem tem interesse em me conhecer sabendo que sou vegana, só não sabe que em transição e ao meu ver não precisa saber. Até que ontem um cara veio falar comigo nos primeiros cinco minutos onde a conversa caminhava próspera. Ele disse que morava sozinho a vinte anos e que trabalha como taxista e num desses dias que chegava em casa encontrou na porta dele uma caixa com dois gatinhos, que os colocou para dentro...enfim talvez um jeito para conversar sobre veganismo, mas que não conseguia deixar de comer carne. Eu respondi que ele amava uns e comia outros. O homem virou uma fera, me disse que eu não devia existir no mundo, que ele provaria para mim que eu não era desse mundo e um monte de baboseiras. Eu cheirei a flor e apaguei a vela muitas vezes e pensei em responder várias vezes, mas no meu mais íntimo ser, desisti e bloqueei, simplesmente assim porque não vale à pena discutir com alguém que pensa tão diferente de mim e que não respeita diferenças, que acredita que pode dizer coisas do tipo que eu não deveria viver neste mundo e eu não quero que ninguém prove para mim aquilo que eu não acredito mais. E também essa conversa me mostra muitas outras coisas, que graças a Deus, me mostrou bem antes de talvez me conhecer depois, se não tivesse me falado nada agora. Uma pessoa doente ou fanática por alguma religião ou por um "político" de m* que não me representa, um homem que vive a tanto tempo sozinho que se acha no direito de falar o que falou sobre a minha vida, uma pessoa com distúrbio de comportamento e de personalidade que não sabe conversar e não sabe sobre veganismo que é sim um ato político e de amor à vida. Quero comigo pessoas que me respeitam!


Imagem da Bentinha: acervo pessoal


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Vila das Borboletas