Relações Abusivas

O que te ensinaram sobre casamentos? Antes de você se casar, alguém te ensinou o que é o casamento? Como você lida consigo mesm@ nas relações? Não sei quem é você que está lendo esta postagem, aliás não sei nada a seu respeito. Mas você sabe de tudo isso e têm consciência da sua história de vida? 

Geralmente nossas referências são marcadas pelas experiências que vivenciamos enquanto pessoa que somos e enquanto desempenhamos diversos papéis sociais familiares. Quero dizer que as nossas experiências como filhas e filhos na família, vivendo, convivendo, presenciando, ouvindo situações familiares, carregamos na nossa história. 

Experiências positivas e negativas, experienciadas por entes queridos, ficam registradas de alguma forma, consciente e inconsciente dentro de cada um de nós. Essas marcas vindas de experiências vividas formam nosso caráter, personalidade, crenças que interferem no que procuramos como referências de parceiros na vida não só adulta mas também na adolescência. 

Quando temos consciência que nossas mães e nossos pais, tiveram relacionamentos abusivos, dependendo do nosso caráter e de como enfrentamos a vida, ou aceitamos tal situação ou seja procuramos parceiros e parceiras como àqueles vividos por nós ou simplesmente temos a certeza que essa experiência não queremos para nós, procurando ser bem diferentes do que vimos e o que vivemos como filhos, mas vai depender não só de quem somos mas o que queremos para nós.

Por mais que tenhamos a consciência, muitas vezes nos pegamos repetindo padrões vividos anteriormente, em crenças que chamamos de limitantes.

Tenho certeza, hoje avaliando algumas situações vividas e observadas, que no decorrer dos anos, muitas vozes femininas foram silenciadas, muitas escolhas foram abdicadas, muitas mulheres foram desrespeitadas e violentadas psicologicamente e fisicamente. Ainda hoje muitas mulheres são abusadas e ficam caladas por inúmeros motivos pelos quais posso falar neste post. Mulheres se calam por medo, por tristeza, por pânico, por acreditarem que desta forma protegem seus filhos e filhas, e mesmo caladas apanham e são diariamente torturadas. Em casos específicos, os torturadores não são apenas os parceiros e parceiras, são as famílias desses parceiros e dessas parceiras, que sabem e não se pronunciam. Sabem e também são torturadores ou que já torturaram esses que hoje também agridem. 

Essas relações abusivas também acontecem no ambiente profissional, com homens, mulheres, trans, bissexuais, homossexuais,... acontecem por serem negras, pobres, brancas, morarem na periferia, por serem estrangeiras. Acontece até em aplicativos de relacionamentos quando por exemplo, um homem diz a uma mulher.."manda uma foto sua para eu ver se você é bonita e gostosa como a profundidade dos teus olhos", "eu quero fazer tudo com você e se você não quiser vai ter outra que vai querer", ao meu ver, desrespeitoso, abusivo e brochante, sem classe, sem conquista, sem absolutamente nada. 

Tem ainda aqueles que estão saindo com a garota, conhecem a amiga da mulher e diz para ela, nossa eu tô com tesão de sair com a tua amiga porque você eu já conheço, mas ela ainda não peguei. Uns podem dizer que isso é franqueza, afinal o cara é ficante, outros ainda falam que ele foi sincero com a gata porque não são namorados. Essa situação pode ser analisada por "n" perspectivas, mas o que vai ter um peso maior, é como as pessoas que estão envolvidas nesta situação, reagem à ela. 

De qualquer maneira, na minha concepção é desrespeito por mais que essa relação fosse aberta, as decisões interferem na vida um do outro e precisam sim ser analisadas, avaliadas e de certa maneira contidas no que se pensa, no que se fala e como se age; colocar-se no lugar do outro é essencial. 

Enfim, tenho presenciado, sabido e ajudado mulheres de todas as raças, credos, gêneros, diferentes classes sociais, a entenderem melhor sua posição no mundo e descobrirem quem são para si mesmas. Se você está numa relação abusiva procure ajuda, vá a delegacia da mulher, procure a assistência social do posto de saúde, grite, converse com alguém do seu ambiente de trabalho, faça por você, porque ninguém tem o direito de te desrespeitar. 

Se a sua família é abusiva, tente conversar com uma psicóloga, com a sua família, procure orientação, mude, se afaste, faça algo por você porque ninguém merece viver com pessoas negativas e tóxicas. De qualquer maneira procure orientação e se ajude. 

Se estiver conversando com um homem que está tentando te controlar, um ogro, machista, minha amiga, pula fora antes que o navio vá à deriva. Um homem abusivo procura encontrar uma parceira que aceite ser tratada da forma mais horrenda. Se eles ou elas são inseguros, se as famílias deles são inseguras, o problema é de quem mesmo?? Seu ou deles (as)? Respondendo a minha pergunta, não me ensinaram como era o casamento, não me ensinaram mas eu aprendi que casamentos saudáveis é um dar e um receber, dos dois, são deveres e direitos dos dois, é o compartilhar e cooperar dos dois. Aprendi que um relacionamento saudável é de uma relação de respeito entre duas pessoas, que aceitam sua família de destino, se responsabilizam por ela. 

Se você está avaliando seu relacionamento e percebe 3 coisas que vou te contar agora, então avalie seu grau de felicidade e se vale continuar investindo nele.
1. Família de destino é aquela que você adquire com o casamento;
2. Não importa quem ganha mais, os dois fazem para a família de destino. Casamento não é partilha e competição.
3. O casamento é dar e receber. Cada um faz um pouco e recebe um pouco, é uma troca. Se um se doa demais e o outro só recebe não existe reciprocidade na relação  saudável.
Então avalie se o seu relacionamento é saudável ou é abusivo.
A autora
Dicas de Vida em Perspectiva: https://dicasdevidaemperspectiva.blogspot.com/

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