Pós-pandemia

É bem complexa a situação do todo, a unicidade, a integração e a interconexão. A totalidade já é um conceito complexo. Somos a totalidade de nós mesmos? Não acredito que a grande maioria da população mundial chegou a entender e instrospectar a possibilidade de se ver como um ser único. Ainda estamos partidos e desconexos de nós e dos outros, que diria do mundo. No passado  fomos pessoas cheias de si, na busca pelo novo, enfrentamos o desconhecido com a ânsia de sempre mais e mais. No presente estamos vivendo o "ficar em casa" a todo custo, na busca da preservação da vida, para quem pode ficar em casa. Àqueles que são obrigados a sair para trabalhar, rezam para voltar saudáveis a seus lares e ainda não contaminar quem os recebe por lá. No hoje existe o medo da morte pela doença, pela coragem de sentir pânico, pelo desespero da ansiedade e pelos sintomas da depressão. O hoje é marcado por inúmeras possibilidades do certo e do errado, não como um julgamento de valor, mas pela tentativa de estar ou de ser naquele ou neste lugar. Eu ainda diria que o hoje é marcado pela incerteza da vida e da morte. E o amanhã? Nada será a continuidade do que foi antes do Covid-19, não voltaremos às nossas vidas para recomeçar de onde paramos. O amanhã é o incerto como sempre foi e como sempre será. Continuaremos tentando ser melhores todos os dias. Tentando decifrar as conexões da vida, as escolhas de melhores caminhos, a quebra de antigas crenças. Ainda somos o resultado da cisão de não estarmos inteiros nas relações.

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